Correndo Descalço

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quarta-feira, maio 26, 2010

27th Porto Alegre International Marathon - RS - Brazil : May, 23, 2010

FACTOIDS:  
Start hour: 7:15 AM 
Temperature at start: 68 F 
Temperature at finish: 71 F 
Finish time: 3:37:40
Overall place males: 318/1119  
Age group M40-44 place: 58/201

REPORT:  
My second marathon in three weeks. Too much? My inspiration was Barefoot Rick's Marathon History. Looking there you see that he did many marathons with just three weeks or less apart. And he usually runs the second marathon faster than the first. I set myself to try a similar challenge.

I arrived Saturday (05/22/2010) in Porto Alegre when it was past noon. I headed straight to lunch with fellow runners Antonio Colucci, Eduardo Rocha, Marco Bossetto, Luciano Sauer and Stephanie Perrone (who organized the lunch). After lunch, Eduardo, Marco and Colucci, accompanied me in taking my race number, chip and so on. After that we took a taxi to our hotels.

As soon as I arrived at the hotel, I started massaging my left piriformis muscle. Yes, although I have rested a lot since the Sao Paulo Marathon (05/02/2010), my piriformis was a little hurt. On Wednesday of the marathon week I woke up with my left leg tingling
. I think the correct medical term is paresthesia. At first I thought of a circulatory problem by sleeping "wrong way" with that leg. Only on Thursday I found the real cause, a tense piriformis muscle. Started massaging it until Saturday night. On Sunday morning the tingling had passed, there remained a bite at the bottom of the Achilles tendon, which I knew could not be from the tendon, and a nuisance in the buttock.

When leaving the hotel to walk to the start line (only a half mile), I heard the first person shocked with me barefeet. The
hotel receptionist said, "Go run barefoot?". I replied: "Yes, I am accustomed." Already at the starting corral, I met and talked briefly with a guy who is starting to run in VFF, but there he was running in regular running shoes and would only participate in the Marathon Relay. 

Race begins and I soon met fellow runner Eduardo. We ran together the first kilometers. His goal was to improve his PB of 3h37m, which he acomplished closing in 3h35m12s. My plans were for 3h38m so I let him go. By the 4th mile I met fellow runners Colucci and Marco, who ran side by side, overcoming me. I let them go since they pace was well faster than mine.

The main advantages of Porto Alegre Marathon, comparing with Sao Paulo, are the flatter course, milder temperatures, the use of a bib with our name at back beyond the bib at breast, and a greater contact with the public since there weren't tunnnels and desert locations along the course. Thus, I was called by my name several times during the race. The preferred regional slang is "warrior." Then I heard phrases such as "Leonardo. He is a warrior!" or "Go Warrior! Congratulations!" I also heard jokes like "Forgot your running shoes?" to compliments. After passing a group of about 3 or 4 young ladies, one of them shouted: "Hey Leonardo, you're my man." I also met Carlos, a Paraguayan runner from Team Asuncion Runners. He approached me just to ask if I did not need running shoes. He and his team traveled by road about 870 miles from Paraguay's capital to attend the event. I also started up a conversation with Valdomiro, 71 years old, who was running in a good pace and finished fifth in his age group. 

After the 14th mile, Porto Alegre Marathon becomes monotonous because the course go and then come back through a long avenue at the banks of Guaiba river (see the course recorded with my Garmin Forerunner, Google Earth take a few minutes to process the file, be patient). At this point there is another factor of discouragement. They are runners who are running the marathon relay, so while you are at the 14th mile they are at their 1st mile and pass very fast.
After warmed and until the 18th mile my piriformis muscle do not bothered me. After this point the tingling returned but only on the sole of left foot. Indeed, it was beyond tingling, I lost a bit of sensitivity. My running form deteriorated so that, for the first time, I finished with a small blood blister under the middle toe of that foot. 

By mile 22 I overtook fellow runner Colucci who was with cramps and went slowly. At this point we were already returning along the long avenue and faced a head wind. So, at mile 24 I "broke" too. My pace droped from 8:10/mile to 8:51/mile. In this part one guy yelled, "You are the 2nd barefoot runner." Latter I discovered that the other barefoot runner was not running the marathon but the relay.

Near finish line there was a good crowd at the edges of the street. Broken, I thought I deserved applauses like a champion. I raised my arms and asked for applause! They applauded me! Great! Thank you, crowd! You raised the mood of an exhausted body. Despite a PB, 3h37m40s, this was the marathon I felt more tired at the end. Maybe it was the only three weeks of rest since the last one. 

Walking back to the hotel I saw a runner lying on the sidewalk. Approached and asked if everything was fine. He said yes, he was just resting and relaxing while waiting for some friends. He said it was from Curitiba and knew me by the video of the Curitiba Marathon from Transpirando.com.
It was a good experience to do two marathons so close. I confirmed that marathon, by itself, is very tiring. I think I'll take a break in training for long races. I think I will now focus on improving my time in the 5K.

23/05/2010 - 27a. Maratona Internacional de Porto Alegre

FATOS RÁPIDOS:
Horário: 7:15h
Temperatura na largada: 20,2 Celsius
Temperatura na chegada: 21,6 Celsius
Tempo líquido: 3:37:40
Colocação masculino: 318/1119
Colocação faixa etária: 58/201

RELATO:
A segunda maratona em 3 semanas. Será um exagero? Inspirando-me no histórico de maratonas de Barefoot Rick, onde se observa que ele fez algumas maratonas com apenas 3 ou menos semanas de distância, e que usualmente sua 2a. maratona é mais veloz que a 1a., propus-me a um desafio semelhante.

Cheguei sábado (22/05) em Porto Alegre quando já passava do meio-dia. Rumei, via metrô e ônibus, direto para o Listo Pães e Sabores, onde a Confraria Esportiva organizou um almoço para os TwittersRun. Tal restaurante fica a poucos metros do local da entrega do kit. Fiquei sabendo, e fui convidado para o almoço, pelo Antônio Colucci, o qual conheci na Volta da Pampulha 2009 quando corremos juntos o final da prova. Além do Colucci, revi lá o Eduardo Rocha de BH e conheci o Marco Bossetto, o Luciano Sauer, a Stéphanie Perrone (que organizava o almoço) entre outros. Terminado o almoço, Eduardo, Marco e Colucci, mesmo já estando com o kit em mãos, me acompanharam na retirada do meu, pois em seguida dividiríamos um táxi até o centro de Porto Alegre já que nossos hotéis eram próximos.

Chegando ao hotel, tratei logo de massagear meu músculo piriforme esquerdo. Sim, apesar de ter descansado mais desde a Maratona São Paulo (em 02/05) e já ter optado por treinar apenas na quarta-feira da semana que antecedia a prova (normalmente treino as 3as, 5as, sábados e domingos), acordei na quarta com minha perna esquerda formigando. Acho que o termo médico correto é parestesia. A príncipio pensei ser um problema circulatório por dormir de "mal jeito" com a perna. Treinei assim mesmo mas diminui a distância e o ritmo pretendido. Só na quinta minha ficha caiu. A causa deveria ser outra. Apalpando-me descobri ser ela o piriforme tenso e duro como uma pedra. Massagem nele até a noite de sábado. No domingo pela manhã a parestesia havia passado, restavam uma fisgada na parte inferior do tendão de Aquiles, que eu sabia não ser originária do próprio tendão, e um incômodo na região glútea.

Ao sair a pé do hotel para ir caminhando até a largada (apenas 600m), ouvi o primeiro susto por estar descalço. O porteiro perguntou: "Vai correr descalço?". Respondi: "Sim, estou acostumado". Perto da largada, encontrei o esposo da Adriana Duarte da lista CorredoresBH no Yahoo. Ele se posicionava para bater fotos da largada feminina que ocorreu 15 minutos antes da masculina. A Adriana fez um excelente resultado na prova ficando em 5o. lugar. Já no curral de largada, encontrei e conversei com um corredor capixaba que havia ficado no mesmo hotel que eu na Maratona de Curitiba. Também conversei rapidamente com o cunhado de uma colega de trabalho o qual está iniciando com os VFF, mas lá corria de tênis e iria participar apenas da Maratona de Revezamento.


Dada a largada, logo reencontrei o Eduardo e corremos juntos os primeiros KMs. O objetivo dele era melhorar seu recorde pessoal de 3h37m, que de fato conseguiu fechando em 3h35m12s. Como meus planos eram para 3h38m deixei-o ir. Lá pelos KMs 6 ou 7 foi a vez do Colucci e do Marco, que corriam lado a lado, me ultrapassarem. Nem tentei acompanhá-los pois o ritmo deles estava bem acima do meu.

As principais vantagens da Maratona de Porto Alegre, em relação a São Paulo, são o percurso mais plano, a temperatura mais amena, o uso de um número de costas além do número de peito, e o contato maior com o público pois não se passa por túneis e nem por locais desérticos como a USP. Desta forma, fui chamado pelo nome várias vezes durante o trajeto. A gíria local preferida é "guerreiro". Então escutei frases como: "Leonardo. Esse é guerreiro!" ou "Vai guerreiro! Parabéns!". Ouvi também desde gozações tipo "Esqueceu o tênis?" até elogios. Após ultrapassar um grupo de umas 3 ou 4 gurias, uma delas gritou: "Aí Leonardo, você é o Cara!". Também conheci e corri uns 4kms ao lado do Carlos, um corredor do Paraguai da equipe Asunción Runners. Ele me abordou justamente para perguntar se eu não precisava de tênis para correr. Ele e o grupo de paraguaios viajaram por terra cerca de 1400kms desde a capital para participar da prova. Também puxei conversa com o Valdomiro, um senhor de 71 anos, que corria num bom ritmo para sua idade e pretendia ficar entre os 5 primeiros de sua faixa etária. Olhando o resultado vi que ele ficou exatamente em quinto.


Depois do KM 22 a maratona de POA se torna monótona pois o trajeto é praticamente um ir e depois voltar por longa(s) avenida(s) as margens do Rio Guaíba (veja no Google Earth o percurso registrado seg. a seg. pelo meu Garmin 305). Neste ponto há outro fator de desânimo. São os corredores que estão participando da maratona de revezamento, eles lhe ultrapassam em alta velocidade pois você está no KM 22 e eles estão no KM 1.

Depois que meu m. piriforme aqueceu, ele pouco incomodou até o KM 30. Neste ponto a parestesia voltou, não por toda a perna mas apenas na sola do pé esquerdo. De fato, foi além do formigamento, perdi um pouco da sensibilidade na sola. Minha técnica de corrida deteriorou tanto que, pela primeira vez, terminei com uma pequena bolha de sangue embaixo do dedo médio daquele pé.

Lá pelo KM 36 ultrapassei o Colucci que estava com cãimbras e vinha devagar. Este trecho já era de retorno na longa avenida e pegávamos um vento contra. Então no KM 38 eu acabei "quebrando" também. Meu ritmo que vinha na faixa dos 5:05 min/km caiu para 5:30 min/km e fui nele até o fim. Neste trecho um cara gritou: "Você é o segundo descalço". Depois descobri que o outro descalço não estava correndo a maratona mas o revezamento.

Na chegada havia um bom público as margens da rua. Quebrado, achei que merecia aplausos como o campeão. Levantei os braços pedindo palmas e fui correspondido! Ótimo! Muito obrigado! Um sopro de ânimo para um corpo esgotado. Apesar do recorde pessoal, 3h37m40s, das 3 esta foi a maratona que me senti mais cansado ao final. Talvez tenha sido a distância de apenas 3 semanas para a anterior.

Encontrei com o Eduardo, o Colucci e o Marco e combinamos o almoço. Voltando a pé para o hotel vi um corredor deitado na calçada. Aproximei e perguntei se estava tudo bem. Ele respondeu que sim, estava só descansando e relaxando enquanto esperava alguns amigos. José Paulo disse que era Curitibano e já me conhecia através do vídeo da Maratona de Curitiba do Transpirando.com. Voltei a encontrá-lo no aeroporto junto a outros paranaenses, incluindo o Aimar de Foz do Iguaçu que é amigo do Rodrigo Stulzer e foi quem indicou o vídeo da maratona para o José. Fui para o aeroporto com o Eduardo e o Marco após termos almoçado com o Colucci. Como o vôo dele era mais tarde, ele ainda foi assistir Internacional X São Paulo no Beira-Rio.

Foi uma boa experiência fazer duas maratonas próximas assim. Confirmei que maratona, por si só, já é muito cansativo. Acho que vou dar uma pausa nos treinos e provas longas. Acho que vou focar agora em melhorar meu tempo nos 5Km.

quinta-feira, maio 06, 2010

XVI Sao Paulo International Marathon : Sunday, May 2, 2010

Clique aqui para a versão em português do relato.

My marathon began at night to dawn of the previous day. I and 21 others traveled by a tour organized by Casa do Corredor (Runner's House) enterprise. As my flight from Belo Horizonte (BH) to Sao Paulo (SP) was programmed to take off at 6 AM on saturday from Confins airport, I had to leave home 4 AM, so I slept only about five hours and half that night. To compensate, at the hotel in Sao Paulo, I relaxed by the pool after lunch, as shown in the photo above.

After that I went to the hotel where Emmanuel, my French friend and fellow barefoot runner, was staying. With my Vibram Five Fingers (VFF) in the feet, I walked because the distance between the hotels was less than a mile. I invited him to go to the Sao Paulo Art Museum - MASP (above photo) that was just a quarter mile from his hotel. Emmanuel is a full-time barefooter, so he went with no shoes on his feet. Before entering the queue for the ticket, he asked the security guard if it was allowed to go barefoot into the museum. The security guard checked with his chief on the walkie-talkie. And there was no problem so, barefooters, know that MASP is "barefoot friendly"!

The event "Sao Paulo Marathon" includes races of 25K and 10K, in addition to 26.2 miles race itself, and includes also a 3K walk. Emmanuel joined the 10K race (right photo, finished in 35:47 at 20th position) while I was doing the marathon. Counting walkers and runners, the expected audience was 20,000 (twenty thousand) people. It would be very difficult to find ourselves at the start the next day, so we ate a snack after the museum and parted.

All the races start at Journalist Roberto Marinho Avenue and cross the Pinheiros River by the Octavio Frias de Oliveira Bridge, known as Cable-Stayed Bridge, a postcard of the city (above photo).

I shared a taxi with 3 fellow runners which left us on the opposite side of the Cable-Stayed Bridge. So we had to walk about a mile to the start line, along the way we found the sign marking the 1st kilometer (photo).

Before entering my starting corral I saw, into the distance, another barefoot runner: a native brazilian indian dressed with his typical clothes. I suppose he is the same indian who regularly runs barefoot the marathon in Rio de Janeiro . Unfortunately, due to distance and agglomeration of people, I could not talk with him. Also two or three people talked to me about running barefoot. After entering the corral and ready for the start, two ladies behind me started a conversation. Both were from São Paulo and would run the 10K race. I told them I was from BH. One of them said she always runs barefoot when she goes to the beach. After seeing and talking to me, she would try to run barefoot too at Ibirapuera Park . The other lady said she had read the story about running barefoot in the running magazine O2 and asked if I was the interviewee. I said no but he was my friend Barefoot Roger . She, stimulated with the story from O2, had bought a VFF. At this moment came to our side Reinaldo, from the group of runners of BH on Yahoo! , which was in Sao Paulo by his own and not by joining the tour. I met him again on the course when I overtook him at 22 miles.

The race started (pictured above). In the first quarter mile I had a problem. I stepped on a bolt sticking up attached to brigde's ground concrete. It served to hold a raised pavement marker that was not there anymore. Due to the cluster of people, I have not seen it. My foot bothered for about one or two miles but it faded out after that.

Along the course I heard several comments to be barefoot. I also meet two runners who participated in Curitiba's Marathon (my 1st marathon past November). Both appear in the marathon's video made by Transpirando.com .

About the 5th mile there were many martial arts practitioners queued on the sidewalk (pictured above). They were at arm's length to greet the runners with touching hands. As this raises my mood at the race, I did not miss the opportunity to greet some of them.


Toward the 9th mile I meet two guys running together: Alex and Jorge. Alex was an example of overcoming. He had no right leg and wore a prosthesis in place. I told him that he breaks another paradigm. While I thought that to run no shoes are needed but only feet, he showed that neither foot is needed. I ran with them until about the 18th mile.

Lasting less than a mile to the end, the two ladies, I talked at the start, were encouraging marathoners on the street. On seeing me they shouted: "Go BH!". I completed the marathon in 3h 41m 12s, it was nearly 1 PM and the room temperature was 83F. My feet were tender but not because of the heat from the asphalt but for its roughness. Outside the margins of the Pinheiros River, São Paulo asphalt is very rough. Just noticed that the asphalt was hot when I stopped, the constant raising of the feet while running didn't let pass the sensation of burning.

I received my medal and, while leaving the area of exhaust, I was approached by a person. He was Sérgio Rocha, art editor of the running magazine Contra-Relógio. I only knew Sérgio by email and phone. It was he who interviewed me for the article on barefoot running published in the March issue of the magazine. We spent some time talking about minimalist shoes, running barefoot, acupuncture and so on.

Ok, this is my report. Now waiting for the next marathon. I hope it will be Porto Alegre International Marathon next May 23, 2010.
PS: See the race medal (picture below).

quarta-feira, maio 05, 2010

XVI Maratona Internacional de São Paulo - Domingo, 02/05/2010


Minha maratona começou na madrugada do dia anterior. Eu mais 21 pessoas viajamos com a excursão da Casa do Corredor. Como o vôo de Belo Horizonte (BH) para São Paulo (SP) saía de Confins às 6h do sábado, tive que sair de casa às 4h, assim dormi apenas umas 5 horas e meia nesta madrugada. Já no hotel em São Paulo aproveitei, depois do almoço, para relaxar na piscina, como mostra a foto acima.

Depois disto, fui até o hotel do meu amigo francês, o também corredor descalço, Emmanuel. Com meu Vibram Five Fingers (VFF) nos pés, fui caminhado pois a distância entre os hotéis era de apenas 1,3 km. Convidei-o para irmos ao Museu de Arte de São Paulo - MASP (foto acima) que ficava apenas a uns 400m do hotel dele. Emmanuel é um descalço de tempo integral, assim foi sem nenhum calçado nos pés. Antes de entrarmos na fila para comprar o ingresso, ele perguntou ao segurança se era permitido entrar descalço no museu. O segurança consultou seu chefe, pelo walkie-talkie, o qual disse não haver problema. Companheiros descalços, fiquem sabendo que o MASP é nosso amigo!

O evento Maratona de São Paulo consta, além da prova de 42km, de corridas de 25km e 10km e também de uma caminhada de 3km. Emmanuel participou da corrida de 10km (foto ao lado, chegou em 20° lugar com 35:47) e eu participei da maratona. Como o público esperado é de 20.000 (vinte mil) pessoas, entre caminhantes e corredores, seria muito difícil nos encontramos na largada no dia seguinte. Assim comemos um lanche após o museu e nos despedimos.

A maratona e as demais provas iniciam-se às 9h na Avenida Jornalista Roberto Marinho e cruzam a Ponte Estaiada (Ponte Octavio Frias de Oliveira) (foto acima).

Eu e mais 3 corredores dividimos um táxi que nos deixou do lado oposto da Ponte Estaiada. Assim tivemos que caminhar uns 1.500m até a largada do outro lado. No caminho encontramos a marcação do Km 1 (foto ao lado).

Antes de entrar na baia adequada ao meu tempo, vi ao longe um outro corredor descalço, era um índio devidamente paramentado, suponho ser o mesmo índio que corre descalço a maratona no Rio de Janeiro. Infelizmente, devido a distância e a aglomeração de pessoas, não pude mexer com ele. Também umas 2 ou 3 pessoas conversaram comigo sobre o correr descalço. Após entrar na baia e já estar pronto para a largada, duas mulheres atrás de mim puxaram conversa. Ambas eram paulistas e iriam correr a prova de 10Km. Disse-lhes que eu era BH. Uma delas disse sempre correr descalça quando vai à praia mas, depois de me ver, iria tentar correr também no Parque do Ibirapuera. A outra disse que viu a matéria sobre correr descalço na Revista O2 e perguntou se era eu o entrevistado. Disse que não mas sim meu amigo Roger. Esta, empolgada com a matéria da O2, já havia comprado uma VFF. Neste momento chegou ao nosso lado o Reinaldo, do grupo de corredores de BH no Yahoo!, que foi a São Paulo sozinho e não pela excursão. Encontrei-o novamente no percurso quando ultrapassei-o no Km 36.

Dada a largada (foto acima), logo nos primeiros 400m, tive um contratempo. Pisei num parafuso apontando para cima fixado ao concreto da ponte. Ele servia para prender um olho de gato que havia soltado. Devido ao aglomerado de pessoas, não o vi. Meu pé incomodou por uns 2kms mas depois parou.

Durante o percurso ouvi vários comentários por estar descalço. Encontrei também dois corredores que participaram da Maratona de Curitiba e aparecem no vídeo da maratona do Transpirando.com.

Lá pelo Km 7 haviam vários Karatecas enfileirados (foto acima). Estavam com o braço esticado para cumprimentar os corredores com um tapinha nas mãos. Como isto levanta meu astral na prova, não perdi a oportunidade de cumprimentar alguns.


Lá pelo Km 14 encontrei dois amigos que corriam juntos: Alex e Jorge. Alex era um exemplo de superação, pois não possuía a perna direita e usava uma prótese em seu lugar. Disse-lhe que quebrava outro paradigma, enquanto eu achava que para correr não era necessário ter tênis mas apenas pés, ele mostrava que nem pés eram necessários. Corri com eles até mais ou menos o Km 28.

Faltando 1km para o final, as duas mulheres com quem conversei na largada estavam na rua incentivando os maratonistas, ao me verem gritaram: "Vai BH!". Completei a maratona em 3h 41m 12s, já eram quase 13h e a temperatura ambiente era de 28 graus. Meus pés estavam sensíveis mas não por causa do calor do asfalto mas por sua aspereza. Fora da Marginal Pinheiros, o asfalto de São Paulo é muito grosso e muitas vezes retalhado. Só notei que o asfalto estava quente quando parei, enquanto corria o constante tirar e por o pé no chão não deixava transmitir a sensação de calor.

Recebi minha medalha e ao sair da área de escape fui abordado por uma pessoa. Era o Sérgio Rocha, o editor de arte da Revista Contra-Relógio. Só conhecia o Sérgio por email e telefone. Foi ele quem me entrevistou para a matéria sobre corrida descalço publicada na edição de março da revista. Ficamos um bom tempo conversando sobre calçados minimalistas, correr descalço, acunpuntura e etc.


Bem, este é meu relato. Agora é aguardar a próxima. Espero que seja a Maratona Internacional de Porto Alegre no dia 23/05/2010.

PS: Veja a medalha da prova na foto abaixo.

PS2: Se olharem no site da Yescom, não tenho tempo oficial na prova. Mas, como álibi, aqui está o arquivo que pode ser aberto no Google Earth com o registro segundo a segundo da minha participação feito pelo meu Garmim Forerunner 305. (A abertura do mesmo é pesada por ser seg. a seg.)